Motoristas de carro-pipa realizam protesto no interior do Ceará por falta de pagamento (Foto: Eduardo Aragão/Arquivo pessoal) |
Pipeiros reclamam falta de pagamento
desde agosto do ano passado. Protesto bloqueia CE-265, entre Morada Nova e
Limoeiro do Norte.
Motoristas
de carro-pipa realizaram um protesto e bloquearam a CE-265, em Morada Nova, na
manhã desta terça-feira (17). Eles reclamam que estão há cinco meses sem
receber o repasse do dinheiro da Operação Carro-Pipa, do Exército Brasileiro.
Os pipeiros estimam que cerca de 40 mil pessoas das comunidades podem ser
prejudicadas com essa paralisação.
Em
nota, a 10ª Região Militar informou ao G1 que “todas as medidas administrativas
estão sendo tomadas a fim de regularizar a situação de pagamento dos
prestadores de serviço da Operação Pipa. Até a próxima semana, todos esses
pagamentos em situação irregular deverão ser normalizados”, disse.
Motoristas queimaram pneus em protesto por falta de pagamento; primeiros reclamam atraso de 5 meses (Foto: Eduardo Aragão/Arquivo Pessoal) |
De
acordo com os pipeiros, cerca de 400 caminhões ficaram parados nesta manhã. O
ato começou por volta de 6h. Eles queimaram pneus, e a via ficou bloqueada nos
dois sentidos. Com isso, houve congestionamento na região. Os manifestantes
pediam que o Exército indicasse algum prazo para resolução dos pagamentos.
“A
gente continua as manifestações até resolver o problema e os caminhões não vão
rodar”, explica o pipeiro Eduardo Aragão, um dos organizadores do protesto. Ele
afirma que o grupo estuda a possibilidade de fechar as entradas de outras
cidades.
“No
Ceará, quatro quartéis realizam esse trabalho. O problema é no 23º BC (Batalhão
de Caçadores), que é o maior, em torno de mil caminhões. Ontem (segunda-feira),
a gente teve uma reunião, mas disseram que não tinha previsão de resolver”,
explicou.
O protesto reúne motoristas que atuam nos municípios de Quixadá, Quixeramobim,
Morada Nova, Ibaretama, entre outras.
Eles afirmam que um outro protesto aconteceu em Banabuiú e concentrou em torno
de 100 caminhões fechando a via.
“No
máximo, pode ter 2 meses de atrasos. Mas isso não é comum. Desde agosto sem
receber, nós continuamos trabalhando pra não prejudicar as comunidades. Faz
pena, quando o pessoal vê o caminhão, chega com um balde. O pessoal pede que a
gente não pare, mas como a gente vai continuar sem combustível, sem dinheiro
pra dar manutenção, pagar o motorista”, questiona o pipeiro.
Ele
explica que cada pipeiro recebe entre R$ 10 a 12 mil reais por mês, de acordo
com as viagens que realiza. “Só de posto (de combustível) são R$ 7 mil. O
máximo de lucro é R$ 4 mil”, estima.
Com informação do G1
CE
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